sexta-feira, 30 de abril de 2010

Esplanada sobre o mar

Está uma senhora numa esplanada e tem a pele queimada, vem o empregado e regula o guarda-sol para obter uma melhor sombra, em seguida inclina-se, e a senhora pediu um refrigerante.
Estava um belo dia, céu limpo, ar límpido, com uma ligeira neblina á beira-mar que destruí-a a imagem dos barcos que aí passavam.
A praia abaixo estava quase vazia, a água formava uma espuma que brilhava com a luz do sol e o mar produzia o belo som das ondas.
Ele entrou na esplanada, olhou em volta procurando algo até que a senhora lhe acenou e se juntaram na mesa da senhora na esplanada.
- Desculpa - diz ele, com uma cara desanimada e carente, com os olhos brilhantes como se o mundo tivesse dependente daquela resposta.
Ela perante tal coisa, fez uma expressão totalmente nova para ele, uma expressão de tristeza mas com algo diferente, esperança talvez, não o conseguia olhar.
Aqueles segundos para ele estavam a ser eternos! A sua mente não funcionava, não lhe saía mais nada, para além daquele desejo especial, de lhe tocar na sua bela face, de lhe dizer que a amava, mas por mais que lhe custasse, conteve-se, na sua tristeza esperançosa.

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